segunda-feira, 30 de junho de 2008

Investindo na experiência sensorial

Enquanto restaurantes se esmeram, no inverno, em criar menus com pratos fumegantes, acaba de inaugurar em São Paulo, um espaço inusitado com temperatura interna de 6 graus negativos. O Ice Espaço é o primeiro bar gelado do Brasil, onde tudo é feito de gelo, dos balcões, bancos e esculturas, aos copos. "A idéia é levar os clientes à ‘Era do Gelo’, ao estado absoluto de inverno intenso", diverte-se a proprietária Mary, que investiu R$ 700 mil para a criação do ambiente de 40 metros quadrados, que nunca será descongelado. Na entrada, os clientes são convidados a permanecer alguns instantes numa antecâmara para a adaptação termal do corpo, depois vestem macacões térmicos. O espaço faz parte de um grupo de restaurantes e bares chamados concept dining, que tentam fisgar o cliente por meio de experiências sensoriais inusitadas. O restaurante do Ice Hotel, na Suécia, foi um dos primeiros nesta tendência. Situado às margens do rio Torne, serve refeições em pratos de gelo proveniente das águas cristalinas do rio. O restaurante The Fat Duck, em Bray, à uma hora de Londres, criou um menu-degustação que chega acompanhado de um Ipod - que traz sons associados aos ingredientes dos pratos. Quando serve frutos do mar, por exemplo, o aparelho traz barulhos das profundezas do mar. Um bufê belga criou uma forma non sense de fazer seus eventos, que acontecem a 50 metros do chão. Trata-se do Dinner in the Sky, uma espécie de tablado levantado por um guindaste, em que estão dispostos uma grande mesa e 22 assentos, além de uma cozinha anexa. Fonte: Gazeta Mercantil

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Restaurante temático em Beirute

Um restaurante temático em Beirute se inspirou na guerra e nos constantes conflitos na região para atrair seus clientes. Chamado de Buns and Guns (Pães e Armas, em tradução literal), o local se parece com um posto militar e o som ambiente reproduz o barulho de tiroteios. Para completar o ambiente "militar", as paredes foram decoradas com reproduções de armas e munições e redes de camuflagem foram penduradas no teto do restaurante. No menu, os pratos são batizados com nomes de fuzis como Dragunov, ou do bombardeiro B-52. O espetinho de galinha, por exemplo, é chamado de "granada com foguete de propulsão" e o pãozinho aparece no cardápio como "pão terrorista". Apesar disso, os clientes não acham que o restaurante seja de mau gosto. Com o slogan "Um sanduíche pode te matar". "Meu objetivo é fazer as pessoas rirem antes de perguntar o porquê das armas. O importante é que elas sorriam", disse Ibrahim. Segundo ele, os sanduíches servidos só poderiam "matar" os clientes por causa do tamanho generoso das porções. "A empresa atrai os clientes de uma maneira pouco convencional. Deu para perceber logo quando abri o restaurante que seria um local movimentado", afirmou o proprietário. Fonte: bbc.com

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Orientação para o mercado

A importância das empresas estarem orientadas para o mercado há muito tempo é quase uma unanimidade. No meio acadêmico é discutida a mais de 50 anos, na prática é pouco implementada. O investimento na formação da cultura de orientação para o mercado é o primeiro passo. Para que este fato aconteça é fundamental a abertura das pessoas para a mudança de comportamento. Isso só é possível com participação e comprometimento do proprietário da empresa nesta causa. O “dono” é o exemplo para a equipe. As suas atitudes devem validar a importância do cliente. Colocar as pessoas certas no contato com os clientes, estimular a capacitação e valorizar a “ponta” são decisões importantes. Reduzir os conflitos internos e buscar com que os colaboradores tenham um vínculo forte e espontâneo com a empresa, são investimentos na direção da satisfação do cliente que se revertem em melhores resultados para a organização.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Os 10 mandamentos do criador do Wall-Mart

Em 2002 a revista Fortune consagrou o Wall-Mart como a maior empresa americana em vendas e a mais admirada por especialistas e parceiros. Segundo Micheal Bergdahl, ex executivo do Wall-Mart e autor do livro "As 10 Regras de Sam Walton", os segredos do criador da empresa são:
1) Comprometa-se com atingir o sucesso e não permita que a paixão o abandone.
2) Compartilhe o sucesso com aqueles que ajudaram você.
3) Motive-se e motive os outros a perseguir seus sonhos.
4) Comunique-se com as pessoas e mostre interesse por elas.
5) Valorize e reconheça os esforços das pessoas e os resultados obtidos.
6) Celebre suas conquistas e também as dos outros.
7) Escute as pessoas e aprenda com suas idéias.
8) Supere as expectativas das pessoas fixando padrões cada vez mais altos.
9) Controle suas despesas e economize em prol da sua prosperidade.
10) Nade contra a corrente, seja diferente e desafie o status quo.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Terceira maior rede de restaurantes americana prepara chegada ao Brasil

Há pouco mais de duas semanas, a Wendy's, terceira maior rede de restaurantes americana, publicou anúncios convidando empreendedores, a investirem na master franquia da marca na região Sul do Brasil. A rede procura parceiro com capital disponível de R$ 10 milhões para investir em restaurantes no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em contrapartida, garante ter um plano agressivo de crescimento para o Brasil, com base em um modelo de negócio bem sucedido em 22 países. O objetivo dos franqueadores é fugir da crise e forte concorrência do mercado americano. Segundo Jorge Wesby, diretor da Wendy's, seu primeiro estudo identificou o potencial para 45 unidades na região Sul do País, no prazo de seis ou sete anos. "Vou ao Brasil em agosto para conversar com os interessados e montar o plano de expansão. O primeiro restaurante só será aberto em 2009", diz Wesby. Economia em expansão, inflação controlada e a busca voraz de bancos de investimentos de todo o mundo por novos negócios são algumas das razões que despertam o interesse no mercado nacional. "Mas primordialmente, o que motiva a vinda das redes internacionais é o crescimento do mercado consumidor", diz o diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Camargo. "Temos visto um aumento da renda da classe C e o crescimento do emprego formal nos últimos tempos."
Fonte: Gazeta Mercantil

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Crise alimentar não atingirá o Brasil

O representante FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), José Graziano da Silva, acredita que a crise mundial de alimentos não atingirá o Brasil. Ele disse que a América Latina produz 40% a mais de alimentos do que seria necessário para alimentar toda a sua população. Graziano afirma que não existem riscos para o Brasil e a maioria dos países latino-americanos e não nega que há uma elevação de preços na região. Mas destaca que a região é auto-sustentável na produção de alimentos e é superavitária. O que preocupa José Graziano não é o lado da produção, mas a disponibilidade desses produtos chegarem aos consumidores de mais baixa renda. Na prática, a alimentação do brasileiro está em média 6% mais cara neste ano. Alguns alimentos básicos na mesa do brasileiro subiram muito mais: o arroz ficou mais de 20% mais caro, enquanto a carne teve alta superior a 15%. Números da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram ainda que somente nos quatro primeiros meses de 2008, o preço nos restaurantes subiu 3,74%.

Será que o José Graziano está certo???

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Interdependência

Alguns ensinamentos budistas são baseados na interdependência, ou seja, na mútua dependência entre as partes e o todo. O Buda disse de forma simples: "Isto existe porque aquilo existe. Isto não existe porque aquilo não existe. Isto passa a existir, porque aquilo passou a existir. Isto deixa de existir, porque aquilo deixou de existir".
No meio empresarial, o cooperativismo surgiu na Inglaterra em 1844. É a união entre pessoas voltadas para um mesmo objetivo para satisfazer necessidades humanas e resolver os problemas comuns de um grupo. “Sociedade interconectada”, ou “individualismo interconectado”, são formas que um professor universitário americano apontou como “o fator mais radical, inovador e difícil de entender para os observadores da atual economia.
É impressionante o surgimento constante e em número crescente de esforços cooperativos eficientes em diversos níveis. Entre vizinhos, trabalhadores, grandes e pequenas empresas, o trabalho em conjunto nunca esteve tão presente. Respeitar as características, a cultura e a individualidade das empresas em busca do desenvolvimento conjunto é a tendência e o desafio que deve ser enfrentado na busca por melhores resultados.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sobre a crise dos alimentos - 2

A vida das empresas do setor de alimentos está bem mais difícil. É o que diz Daniel Mendez, dono da empresa de refeições coletivas Gran Sapore. A Gran Sapore é a segunda maior empresa do setor no país (a primeira é a francesa GR). Segundo Mendez, os primeiros aumentos começaram em setembro de 2007. Isto obrigou o corte de custos através da substituição de alimentos e de renegociação dos contratos com fornecedores. Agora, a situação chegou ao limite e a Gran Sapore está começando a renegociar contratos com seus clientes. Em média, os contratos estão sendo reajustados em 15%. Detalhe: nos novos contratos consta uma cláusula com uma espécie de "gatilho" que pode ser acionado se a inflação dos alimentos for maior do que se prevê agora (se a inflação for menor, o valor do contrato pode cair). Na opinião de Mendez a alta de preços de alimentos deve seguir até pelo menos o final de 2009.
Fonte: portalexame.abril.com.br

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Empreendedor herói

Quem se aventura a empreender no Brasil deve ser considerado um herói. Os empreendedores brasileiros são massacrados pela carga tributária, ineficiência dos serviços públicos, insegurança, dificuldade no acesso ao crédito e muitos outros obstáculos cruéis. No caso das empresas de alimentação fora do lar, algumas vezes os empresários são desrespeitados e tratados como verdadeiros infratores. Acho que são o principal alvo de legisladores despreparados que parecem estar sempre pensando em como fazer algo contra o setor. Não entendo como um setor que é responsável por 8% dos empregos formais do país, 2,4% do PIB, 40% do PIB do setor de turismo e que está em plena expansão pode ser tão prejudicado. Imagine se tivéssemos um ambiente favorável?

terça-feira, 17 de junho de 2008

O contexto

Danny Meyer, que já citei no post “Cliente não é rei”, viveu dois anos na França com a família e, mais tarde, passou outro ano viajando pela Itália. Nas suas andanças, carregava consigo um caderno de anotações em que descrevia os detalhes que mais lhe chamavam a atenção nos restaurantes: entradas, decoração, bebidas e, principalmente, o ambiente de acolhimento. Sonhava, um dia, reunir as melhores idéias coletadas num restaurante ideal. O Union Square Café, seu primeiro restaurante foi a materialização desse sonho. Ao abrir o primeiro negócio, fez questão de que os arredores oferecessem algo de que ele não abre mão -- contexto. Para ele, mais vale se instalar num bairro decadente, mas genuíno, com história e personalidade, do que num bairro moderno, mas sem alma, mesmo que seja freqüentado por pessoas de alto poder aquisitivo. "Uma região decadente pode ser recuperada com boa vontade e trabalho comunitário, mas um lugar sem alma é irrecuperável", diz. Meyer, que recusou generosos convites para abrir restaurantes em shopping centers, em cassinos de Las Vegas e em Tóquio, quer restaurantes que se identifiquem com a alma dos seus bairros e se eternizem como instituições. Ele dedica boa parte de seus esforços na integração com a comunidade.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

O retorno das sacolas de pano

As padarias de São Paulo lançaram uma campanha para diminuir o uso das sacolas de plástico. Elas querem fazer com que os clientes utilizem uma sacola de pano para carregar suas compras. Para incentivar a campanha, quem usar as novas sacolas vai ganhar desconto nos estabelecimentos. A cada mês, só no Brasil, são jogadas fora um bilhão de sacolas plásticas. Apesar da sacola de pano ser bem mais cara que as de plástico, com o tempo a vantagem, além de ecológica, vira financeira também. Em uma das padarias que aderiram à campanha, o dono anuncia: nas compras acima de R$ 10, quem usa a sacola de pano tem 5% de desconto e não polui o ambiente. E para quem reclama que a sacola é paga – R$ 7, a preço de custo –, outra promoção: quem consumir mais de R$ 30 em mercadorias ganha a novidade. Até o final do ano as 12 mil padarias do estado de São Paulo deverão oferecer a sacola ‘vai e volta’. Por enquanto ela está apenas em 50 padarias da capital. Fonte: http://g1.globo.com/

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Restaurante futurista

Um restaurante em Nurembergue, na Alemanha inaugurou um serviço inteiramente automatizado. O estabelecimento não tem garçons e faz com que os clientes se sintam como em um episódio dos Jetsons, desenho animado futurista da década de 60. O pedido é feito por uma tela de toque e os alimentos chegam deslizando do alto por trilhos de aço. As refeições chegam às mesas redondas deslizando da cozinha, no andar superior, pelos trilhos. Os vários monitores de tela plana exibem não só o cardápio, como também informações que vão desde a proveniência dos ingredientes até o tempo que resta para a encomenda chegar à mesa do freguês. Depois de a comida aterrissar, os clientes podem se servir em pratos de cerâmica encontrados sobre a mesa ou optar mesmo por comer direto da panela. Na hora de pagar, basta apresentar na saída o cartão onde os pedidos foram registrados. O cardápio é relativamente barato, com pratos que custam entre R$ 8,2 e R$ 16,4. Inaugurado em abril, o Baggers já é sucesso dentro e fora do país. O dono da idéia, o empresário Michael Mack, de 42 anos, patenteou o sistema computadorizado e negocia agora concessões de franchising não só para outras cidades alemãs, como para países como Canadá e Holanda.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

30% da comida comprada vai para o lixo

Famílias de países ricos jogam no lixo cerca de 30% dos alimentos que compram, segundo um estudo do professor Jan Lundqvist do Comitê Científico do Instituto Internacional da Água. Na Suécia, considerando-se apenas as famílias com crianças pequenas, 25% da comida comprada vai parar na cesta de lixo. Nos Estados Unidos, os números mais recentes indicam que as famílias jogam fora cerca de meio quilo de comida por dia, o que equivale em media a 40% dos alimentos. Na Grã-Bretanha, o desperdício é estimado entre 30% e 40%, um prejuízo avaliado em R$ 82 bilhões por ano. Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, o problema do desperdício está mais concentrado no campo, com uma taxa média de 30% de perdas relacionadas ao armazenamento e transporte dos alimentos. Na Europa e nos EUA, técnicas e mão-de-obra especializadas significam que o problema maior não está no campo, e sim nos lares. Considerando-se o total jogado fora por consumidores, restaurantes e supermercados dos países ricos, assim como as perdas na cadeia de produção, a proporção do desperdício de alimentos no mundo desenvolvido é calculada entre 30% e 50%.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Menos é mais

Barry Schwartz, professor de uma universidade americana defende a idéia de que não devemos sobrecarregar os clientes com múltiplas opções e escolhas complicadas. Barry defende que as empresas devem simplificar a oferta de produtos. “Os consumidores adoram ter liberdade de escolha. Mas, ao oferecer-lhes tantas variedades de produtos, as empresas estão confundindo os consumidores e fazendo que as pessoas percam o interesse”, diz Barry. Estudo da Columbia Business School descobriu que, quando solicitados a escolher entre 30 variedades de geléia, os consumidores quase sempre se arrependiam da decisão, acreditando não terem feito uma ótima escolha. Quando escolhiam entre apenas cinco geléias, a maioria parecia satisfeita, mesmo quando pegava a mesma da seleção das 30 originais. Uma outra observação de certa forma paradoxal, feita pelo pesquisador Stanford Berger descobriu que as pessoas atribuem maior qualidade a marcas com mais variedade em seu mix de produtos. Berger também constatou, porém, que a variedade pode trabalhar contra uma marca se não tiver foco. Por exemplo, consumidores deram nota alta a um restaurante que oferecia ampla variedade de comida em uma categoria, como comida tailandesa. Mas, quando o restaurante também ofereceu pratos de outra cozinha a avaliação foi ruim.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Padaria "drive-thru"

Uma padaria onde os clientes podem comprar o pão sem sair do carro, com um sistema de funcionamento idêntico ao do McDonald’s "drive-thru", está em funcionamento na França. Situada em Paris, o local vem recebendo entre 150 e 200 clientes por dia. Seu proprietário, Alain Joly, que possui outras seis padarias tradicionais na região, diz que teve a idéia de criar um local desse tipo durante uma viagem aos Estados Unidos, onde viu que vários comércios usam esse tipo de sistema. “Pensei que se fizesse isso na França para vender pão poderia funcionar”, diz ele. O fato de não precisar descer do carro é fundamental. O cliente não precisa procurar lugar para estacionar, se preocupar com multas ou se está chovendo", afirma Joly. Alain Joly diz, no entanto, que apesar de ter copiado o estilo de funcionamento do McDonald’s, sua padaria não deve ser comparada as redes de fast-food. “Os produtos ficam expostos nas vitrines, situadas próximas ao motorista, e não há o sistema de interfones”. O proprietário acrescenta que a idéia do McDonald’s de permitir que os clientes façam suas compras sem sair do carro é fabulosa, mas destaca que a sua padaria não é semelhante as redes de fast-food. “Quis preservar a tradição da padaria francesa. Os pães, doces e sanduíches são os mesmos encontrados em padarias normais.”

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Axiomas de Zurique

Contrapondo o post budista resolvi escrever sobre dinheiro. Os Axiomas de Zurique não é o tipo de leitura que normalmente me atrai. É um livro que trata de conselhos dos banqueiros suíços para investidores que querem ganhar muito dinheiro, tipo um guia para fazer fortuna especulando. Foi muito bem recomendado, então resolvi dar uma olhada. Vou compartilhar algumas coisas que achei interessante nas “regras infalíveis” dos banqueiros suíços para o sucesso nos investimentos. Os axiomas são classificados em 12 principais e 16 secundários, que segundo eles, se aplicam a qualquer tipo de negócio em qualquer lugar do mundo. O 1º axioma prega que preocupação não é doença, mas sinal de saúde. Segundo o livro, se você não está preocupado é porque não está arriscando bastante. Se você quer ganhar dinheiro especulando, corra mais risco, mas só aposte no que valer a pena e resista à tentação de diversificar investimentos. O 3º axioma é sobre a esperança, contraria o ditado “esperança é a última que morre”. Pelo contrário, fala pra não rezar se você sentir que o investimento vai afundar. Abandone-o, é o que recomendam os banqueiros. Não alimente esperanças, elas são ótimas, mas não fazem parte do instrumental de um especulador. O 6º axioma fala sobre mobilidade nos investimentos, defende que não devemos lançar raízes pois elas tolhem os movimentos. Quanto mais se procura pela sensação de conforto menor será o sucesso do especulador. Em operações que não deram certo, não se deve deixar apanhar por sentimentos como lealdade ou saudade. Por exemplo, prenda-se a pessoas, mas não a casas nem bairros e jamais hesite em sair de um negócio se algo mais atraente aparecer à sua frente. Mais um axioma fala sobre intuição, que só se pode confiar num palpite que possa ser explicado. Outro sobre padrões, defende que até começar a parecer ordem, o caos não é perigoso. Enfim, são regras estabelecidas pelos especuladores suíços para diminuir os riscos e aumentar os lucros de quem pretende se aventurar no mercado financeiro.

sábado, 7 de junho de 2008

Consumo de energia cresceu 37% de 1995 a 2006

O relatório indicadores de desenvolvimento sustentável 2008, divulgado quarta-feira(04/06)pelo IBGE, aponta que os mecanismos de melhoria na eficiência no uso de energia ainda são incipientes. Segundo os dados apurados no decorrer de uma década, entre 1995 e 2006, o consumo de energia no País cresceu 37,37%, ante um avanço no PIB, de 31,46%. Ao longo do período é possível verificar que o índice de eficiência energética, medida a partir destes dois parâmetros, avançou apenas poucas casas decimais, de 0,84 tep (toneladas equivalentes de petróleo)/ R$ 1 mil de crescimento no PIB, para 0,87. O relatório aponta que o incentivo à utilização do transporte de massa nos centros urbanos, e aumento do uso de ferrovias e hidrovias no transporte de cargas, são alternativas viáveis para melhorar o desempenho da eficiência energética. O petróleo ainda é fonte predominante, com 37%, seguido da energia hidráulica, com 14,8%. Os derivados de cana-de-açúcar, que atingiram a fatia de 10% da matriz energética em 2000, hoje já somam 14,5%, quase se equiparando à hidroeletricidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Budismo e negócios

Teve grande repercussão na revista HSM Management uma discussão sobre “humanização dos negócios”, o que deve ter motivado a publicação de uma matéria sobre Budismo e Marketing na edição nº 68. Há algum tempo me interesso pelo assunto, mas nunca tinha ouvido falar do “Dharma Marketing” citado na revista. O termo criado pelo professor e consultor português Paulo Vieira de Castro aborda positivamente o crescente interesse das empresas nas questões sociais, culturais e ambientais, mas destaca que a dimensão espiritual ainda é negligenciada. Talvez devido ao fato de ser confundida com terapias de auto-ajuda. Vieira de Castro comenta que as empresas são dependentes de negociadores hábeis, de profissionais criativos, de empreendedores e de gente que saiba trabalhar sob pressão. Para Vieira, somente pessoas que buscam o autoconhecimento podem ter estas qualidades. Se espiritualidade e gestão são incompatíveis à primeira vista, budismo e marketing parecem sê-lo mais ainda. Castro garante que não são, “o Budismo e o Marketing encontram-se, em sua intenção, numa mesma linha de propósito, onde o primeiro procura patrocinar a cessação do sofrimento e o segundo, elevar a satisfação dos consumidores”. O gaúcho Lama Padma Santem (budista da linhagem Ningmapa), autor do ótimo “O Lama e o Economista: Diálogos Sobre Budismo, Economia e Ecologia” escrito em parceria com Vitor Caruso Jr. (economista pela USP), traz no livro uma análise leve e ao mesmo tempo profunda da vida humana, espiritual, social e econômica, destacando a importância do tema “responsabilidade universal” proposto por Sua Santidade o Dalai Lama. Também avança nos referenciais para criarmos uma cultura de paz na perspectiva profunda da liberdade que brota da visão da inseparatividade entre o que vemos e nosso mundo interno. Dia 10/06 no Centro de Estudos Budistas Bodisatva, Rua Guilherme Alves, 724 (próximo ao Bourbon Ipiranga) o Lama Santem ministrará a palestra "O Universo profissional e o Budismo: reflexões, caminhos e ações”, uma ótima oportunidade para conhecer e refletir sobre o assunto.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O maior restaurante do mundo

Com capacidade para mais de 6 mil pessoas, o restaurante Damascus Gate, na Síria, entrou para o Livro Guinness dos Recordes como o maior restaurante do mundo. O Damascus Gate conquistou o título que pertencia a um restaurante na Tailândia, com capacidade para 5 mil pessoas. Para confirmar o recorde, representantes do Guinness exigem que o restaurante tenha capacidade para servir todas as mesas. Segundo Qusai Halasa, representante do livro de recordes, "a cozinha do restaurante pode ser comparada a uma minifábrica". O restaurante, que fica nos subúrbios de Damasco, está aberto desde 2002. Além de fontes e réplicas de ruinas arqueológicas, o Damascus Gate também tem áreas temáticas separadas para a culinária indiana e a chinesa. Durante o verão, a época de mais movimento, até 1,8 mil empregados trabalham no restaurante.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Consumidor de Porto Alegre

Pesquisa realizada com consumidores da região metropolitana de Porto Alegre mostra que 98 % dos entrevistados têm o hábito de consumir pão. 80% destes consumidores comem pão todos os dias. 73% elegem as padarias como o local preferido para a compra, 54% preferem o supermercado e 15% compram nos mini mercados. 60% escolhem as padarias pela proximidade da residência e 25% compram na mais próxima do trabalho. 70% dos consumidores informaram que se deslocariam até um local distante se esta padaria oferecesse produtos diferenciados e de qualidade superior. 60% dos consumidores procuram por produtos naturais, diet e light. Os itens mais valorizados em uma padaria pelos consumidores Porto-alegrenses são:
1) Higiene e limpeza, 2) Bom atendimento, 3) Variedade e qualidade dos produtos.
Diante destas informações, as padarias que querem se destacar no mercado devem prioritariamente investir em melhorias que proporcionem higiene e limpeza, na valorização e no treinamento da equipe de atendimento e trabalhar forte na variedade e qualidade dos produtos.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Starbucks Japonesa

No final dos anos 50, Hiromichi Toriba recebeu do chefe a incumbência de conhecer de perto o mercado que era o maior produtor de café. Assim, o jovem de 20 anos, que nunca havia saído de seu país, desembarcou sozinho no Brasil. Ficou por aqui mais de dois anos, trabalhou numa fazenda, realizou negócios na Bolsa do Café e resolveu homenagear o Brasil ao montar seu negócio próprio, já na década de 60. Batizou a empresa de Doutor Coffee (com o primeiro nome em português), uma referência à rua Doutor Pinto Ferraz, no bairro paulistano de Vila Mariana, onde ele morou durante seu estágio no país. A empresa deu origem a maior rede de cafeterias do Japão. A Doutor Coffee começou atuando no ramo de importação e venda de café no atacado. Na década de 70, depois de visitar a Europa e conhecer de perto algumas cafeterias da Europa, Toriba resolveu copiar o modelo no Japão, entrando para o ramo de varejo. Atualmente, tem 1 500 lojas no Japão, mais que o dobro da Starbucks. Embora sua trajetória seja pouco conhecida no exterior, Toriba é hoje um dos empresários mais admirados pelos japoneses, um povo que costuma demonstrar especial apreço por empreendedores que começaram do nada. Quando adolescente, após uma briga com o pai, Toriba fugiu de casa, na cidade de Saitama, na região metropolitana de Tóquio. Ao sair da casa dos pais, Toriba abandonou os estudos e se mudou para Tóquio, onde começou a ganhar a vida trabalhando como garçom. Dois anos depois de uma dura rotina servindo clientes num restaurante da capital japonesa, o fundador da Doutor Coffee recebeu um convite para ingressar no quadro de vendedores de uma empresa que comercializava café. Pouco tempo após chegar à empresa, Toriba já era o melhor vendedor da companhia. Sua capacidade logo chamou a atenção da concorrência e ele acabou seduzido por uma proposta de trabalho da Suzuki Coffee, empresa que o despachou para o Brasil no final dos anos 50.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O cliente não é rei

O cliente não é mais o rei? O autor do livro Setting the Table, Danny Meyer que criou restaurantes badalados em Nova York diz que o consumidor não vem em primeiro lugar. Meyer é dono de 11 restaurantes diferentes em Nova York. Alguns, como o Union Square Café e o Gramercy Tavern estão há vários anos nas listas das melhores casas da cidade. Os restaurantes de Meyer são de estilos variados. Há o indiano Tabla, a churrascaria Blue Smoke, e o Jazz Standard, com música ao vivo. Há três anos, a Assoc. para a Conservação do Parque Madison lhe pediu uma ajuda para os fundos de recuperação daquela área, Meyer contribuiu criando no parque um quiosque de cachorro-quente cujos lucros vão para a entidade. Ali se come o melhor cachorro-quente de Nova York, segundo os especialistas. Meyer diz que, apesar de toda essa diversificação, seus restaurantes têm por trás uma única estratégia -- hospitalidade. "O ser humano tem a necessidade de se sentir acolhido", escreveu Meyer. Para ele, o significado de hospitalidade não é aquele que diz que o cliente é rei e que tem sempre razão. Em vez do cliente, em primeiro lugar vêm os funcionários. "Eles devem se sentir em casa", diz. "Só assim eles podem receber como anfitriãos”. Meyer faz questão de ouvir pessoalmente as queixas e sugestões. Ele também distribui vouchers aos funcionários para que possam comer em qualquer um dos restaurantes, com a única obrigação de responder um questionário contando se foi bem atendido. Meyer acredita que se os funcionários se sentirem valorizados, uma corrente de hospitalidade se instala nas relações com os clientes, que retribuem, tornando-se fiéis ao restaurante. A partir daí, a propaganda boca a boca faz o resto. Os valores que Meyer acredita serem o segredo dos seus empreendimentos são, em ordem de importância: valorização dos funcionários, clientes recompensados, inserção na sociedade, fornecedores envolvidos e investidores comprometidos. Fonte: Exame